“Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chama-lo de destino”. C.G. Jung

O Exame Clínico Psicológico (EPC) é um instrumental fundamental para o fazer de profissionais de psicologia. Por um lado, este instrumental é composto por um conjunto de entrevistas psicológicas que visam levantamento de informações acerca do paciente/cliente e/ou avaliado. Por outro, o exame clínico é composto por manejo e observações clínicas que objetivam identificar e avaliar as condições psíquicas das pessoas atendidas.

Através do EPC pode-se avaliar as condições e o estado psicológico da pessoa durante o atendimento. Também é possível identificar sinais e sintomas de determinados quadros, estados e/ou distúrbios psicológicos. Ainda é possível levantar informações sobre capacidade de entendimento do avaliado, seu histórico pessoal e histórico da doença atual; levantar sinais de simulações e/ou dissimulação e até mesmo possíveis limitações da pessoa para submeter-se a determinados instrumentos e/ou procedimentos. Pode-se dizer que o Exame Clínico Psicológico (EPC) pode ser divido em:

- Características observadas durante as consultas (ou o exame psíquico): descrição física, estado da consciência e níveis de alerta, estados emocionais, alterações da sensopercepção, condutas sociais, etc;

- Entrevistas e levantamento de conteúdos específicos: avaliação de estados e/ou construtos psicológicos específicos, como a memória, atenção, inteligência, linguagem;

- Exames Complementares e auxiliares: emprego de testes psicológicos, vivências em grupo, jogos e brincadeiras lúdicas, leitura de documentos de saúde, etc.

Existem diversos instrumentos que podem contribuir com a realização dos exames clínicos psicológicos, como, por exemplo: miniexame mental (ou minimental), o teste de MOCA (Montreal Cognitive Assessment), e a Escala de Lawton para as atividades instrumentais da vida diária.

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Autor Manoel Vieira de Carvalho Alencar, psicólogo responsável, CRP15/2121