A avaliação da autoestima

A autoestima representa um construto psicológico fundamental para o nosso bem-estar mental e físico. Podemos entende-la como um aspecto avaliativo do autoconceito e consiste um conjunto de pensamentos e sentimentos referentes a si mesmo e seu próprio valor. E correlaciona-se com a satisfação de vida, com indicadores de ajustamento emocional, competência, habilidades sociais e estratégias de coping apropriadas. A Psicologia Positiva, um dos campos da Psicologia, tem se dedicado a pesquisar e estudar a relação e efeitos da autoestima na vida das pessoas.

Escores altos de autoestima associam-se a humor positivo, bons indicadores de saúde mental, capacidade de lidar com situações de desconforto psicológico, melhor rendimento no trabalho e na escola. Já escores baixos de autoestima geralmente estão associados com humor negativo, percepção de incapacidade, ansiedade social, baixo desempenho acadêmico, problemas nos relacionamentos interpessoais, entre outros.

A avaliação da autoestima é, portanto, um fazer significativo nas intervenções de profissionais de psicologia. Estas avaliações podem ser realizadas através de técnicas clínicas, como as entrevistas, mas existem questionários e escalas padronizadas que tem como objetivo avaliar a autoestima. Entre elas, uma das escalas mais utilizadas é a Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR).

A EAR (revalidada em 2011 por Hutz e Zanon) é composta por 10 itens, sendo cinco itens referentes a uma visão positiva de si mesmo e cinco referentes a uma visão autodepreciativa. Possuindo tabelas normativas para pessoas de 10 até 50 anos de idade. Os itens da EAR estão relacionados a percepção de valor, boas qualidades, competência, fracasso, atitude positiva, orgulho de si, satisfação consigo, respeito, sentimento de inutilidade e de não prestar para nada. O uso de escalas como a EAR contribui para a exploração clínica da avaliação da autoestima, favorecendo planejamento das intervenções profissionais.

Manoel Carvalho 

Autor- psicólogo (CRP15/2121)